 O TRAPICHEOs documentos que mencionam a existência do Trapiche Barnabé datam de meados do século XVIII. Nessa época, a Rua do Pilar era a via de comunicação da área do Porto de Salvador e onde estavam instalados os armazéns e administrações dos comerciantes mais importantes da época colonial. Eram muitos os Trapiches que existiam armazenando os produtos da exportação e importação do comércio com Portugal. Um dos pilares de sustentação da economia do Brasil Colônia era o trafego de mercadorias a partir do Porto de Salvador, por onde escoavam os mais cobiçados produtos para serem vendidos na Europa, café, açúcar, tabaco, etc. Salvador foi assim durante muito tempo o mais importante porto de América do Sul em tamanho e importância pelo seu intenso trafego de navios que tanto aportavam quanto passavam pelos seus mares a caminho de outros portos. A edificação existente na Rua do Pilar constitui-se na parte mais antiga do Trapiche, construída ainda quando o mar atingia os limites além da Av. Jequitaia, chegando até a rua do Pilar, por este motivo num nível mais alto. Com a necessidade de ampliação do Porto, grandes áreas do Comércio foram aterradas e surge assim a área que linda com a Av. Jequitaia. Já no Século XX e a partir da criação do Porto de Salvador e da Avenida de Contorno é construída a fachada principal. Porém, a construção dos galpões do Porto serão decisivos para o declínio dos Trapiches que perdem assim sua função econômica de entrepostos. O Trapiche Barnabé mantém atividades por um período mais prolongado mas termina fechando suas atividades com a conseqüente degradação do prédio. |
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